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O que é IGP‑M e como ele impacta seus investimentos

Educação Financeira

Descubra o que é o IGP‑M, como ele influencia os investimentos e conheça ativos atrelados ao índice disponíveis nas corretoras.

O que é o IGP‑M e como ele funciona

O IGP‑M (Índice Geral de Preços do Mercado) é um indicador de inflação calculado mensalmente pela Fundação Getulio Vargas (FGV) Mais Retorno+15Nord Investimentos+15Bons Investimentos+15Estadão E-Investidor+1. Ele é composto pela média ponderada de três subíndices:

Esse índice tende a refletir com maior antecedência a inflação da cadeia produtiva, tornando-o mais volátil que o IPCA Estadão E-Investidor+1. Por isso, costuma ser chamado de “inflação do aluguel”, já que é amplamente utilizado para reajustes contratuais como aluguéis residenciais e comerciais Estadão E-Investidor+1.

Como o IGP‑M influencia os investimentos

Investimentos diretamente indexados ao IGP‑M

Embora menos comuns que os ativos atrelados ao IPCA, alguns produtos financeiros seguem a variação do IGP‑M:

  1. Titulares do Tesouro Direto indexadas ao IGP‑M – eram as NTN‑C, mas não são mais emitidas desde 2006. Ainda existem papéis em circulação com pouca liquidez XP Investimentos.
  2. LCI, LCA e CRI indexados ao IGP‑M – emitidos por bancos ou incorporadoras, correção vinculada ao índice, normalmente + spread prefixado Portal Finanças Inteligentexs.
  3. Fundos Imobiliários (FIIs) – muitos fundos têm contratos de aluguel corrigidos conforme o IGP‑M, repassando aumentos (ou quedas) aos rendimentos distribuídos aos cotistas InfoMoney.

➤ Outros impactos indiretos

  • Rentabilidade real: se um investimento rende 10% ao ano, mas o IGP‑M acumulado é de 7%, o ganho real é de apenas 3% XP Investimentos.
  • Custos empresariais e setor industrial: alta do IGP‑M pode sinalizar pressão inflacionária na cadeia produtiva, afetando margens corporativas e ações de setores mais impactados.

Exemplos de ativos atrelados ao IGP‑M mais rentáveis

CRI/LCI/LCA indexadas ao IGP‑M

  • Exemplo: LCI IPCA+ ou IGP‑M + spread prefixado em corretoras como XP, BTG, Órama. Algumas debêntures de incorporadoras oferecem IGP‑M + 6% ao ano líquidos.
  • Vantagens: proteção contra inflação ampla; isenção de IR se LCI/LCA.
  • Desvantagens: oferta rara, liquidez limitada, pequenas emissões.

FIIs com contratos reajustados pelo IGP‑M

  • Exemplos: AIEC11, GTWR11, RBVA11, XPPR11, VISC11 – possuem 60% a 100% de receitas indexadas ao IGP‑M InfoMoney.
  • Vantagens: rendimentos passivos mensais que acompanham a inflação do aluguel.
  • Desvantagens: sensíveis à deflação do índice, volatilidade de mercado, tributação sobre ganhos na venda (20%).

VantagensDesvantagens
Proteção da rentabilidade real em ciclos de inflação altaOferta limitada de produtos diretamente indexados
Ajuste em tempo real de contratos, especialmente FIIsAlta volatilidade do índice e risco de deflação
Possibilidade de ganhar acima da inflação via CRI/LCILiquidez menor e spreads estreitos podem reduzir retorno
Rendimentos passivos em FIIs reajustáveisTributação sobre ganho de capital (IR FII: 20%)

Tributação dos investimentos indexados ao IGP‑M

  • LCI e LCA: geralmente isentas de Imposto de Renda para pessoa física, mesmo se indexadas ao IGP‑M.
  • CRIs: tributação segue tabela regressiva de IR (22,5% a 15%, conforme prazo de resgate).
  • FIIs: rendimentos mensais são isentos de IR, mas ganhos de capital na venda das cotas são tributados à alíquota de 20%, com apuração via DARF.

Vale a pena investir em ativos atrelados ao IGP‑M?

Avaliando cenários:

  • Em períodos de alta forte do IGP‑M, investimentos como CRI/LCI indexados ou FIIs com contratos reajustáveis podem oferecer retornos reais superiores.
  • Em fases de deflação ou retração do índice, esses ativos perdem atratividade e podem até gerar queda nos rendimentos.

Quando faz sentido:

  • Para investidores que querem exposição ao setor imobiliário e proteção contra inflação ampla.
  • Em carteiras com perfil moderado a arrojado, especialmente via FIIs ou CRIs.
  • Quem busca diversificação com foco em inflação industrial e construção.

Conclusão

O IGP‑M é um índice abrangente que acumula inflação desde a produção até o consumidor final, sendo mais volátil que o IPCA. Embora poucos investimentos sejam diretamente indexados a ele, os produtos que acompanham esse índice — como CRIs, LCI/LCA e FIIs — oferecem uma opção interessante de proteção inflacionária e rendimentos potencialmente superiores.

Conhecer suas características, tributação e impacto real sobre os retornos é essencial para tomar decisões financeiras mais estratégicas.

👉 Veja também nosso artigo sobre como o IPCA influencia seus investimentos para entender outros indicadores de inflação.

🔗 Fonte externa recomendada para acompanhar o IGP‑M:
Acesse o portal da FGV – IGP‑M atualizado e histórico Estadão E-Investidor+Blog XP EducaçãoRiconnect.

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